Você já ouviu falar de Joana?
Seu nome, forma feminina de João, vem do hebraico Yehohanan, que significa “Deus teve misericórdia” ou “Dom de Deus”. Nada mal, né? Esse tipo de nome era geralmente dado a filhos muito esperados, que chegavam depois de muito clamor ou desespero — como foi o caso de João Batista, por exemplo.
Joana é mencionada apenas duas vezes nas Escrituras, ambas no Evangelho de Lucas (8:1–3; 24:1–10). Mas mesmo com essas poucas palavras, sua presença é poderosa e cheia de significado.
Joana e seu marido
Na primeira menção, Lucas nos conta que Joana era esposa de Cuza, o procurador de Herodes (Lucas 8:3). Agora, o que isso quer dizer exatamente?
A palavra “procurador” aqui pode indicar que Cuza era um alto funcionário do governo — talvez uma espécie de chanceler, ou quem sabe o mordomo-chefe da casa de Herodes Antipas. Seja qual for o cargo, isso significa que Joana fazia parte da alta sociedade. E o mais curioso? Mesmo vindo de um ambiente político e influente, ela decidiu caminhar com Jesus.
Uma mulher que caminhava com Jesus
Joana é listada ao lado de Maria Madalena e Suzana, num grupo de mulheres que não só seguiam Jesus, como sustentavam seu ministério com os próprios recursos.
“…e algumas mulheres que haviam sido curadas de espíritos malignos e de enfermidades: Maria, chamada Madalena, da qual saíram sete demônios; Joana, mulher de Cuza, procurador de Herodes, e Suzana, e muitas outras, as quais o serviam com os seus bens.” – Lucas 8:2–3
Em uma época em que rabinos nem sequer ensinavam mulheres, Jesus fazia o contrário: permitia que elas o acompanhassem, aprendessem, e participassem ativamente de sua missão. Isso era algo totalmente revolucionário.
Curada e transformada
Lucas menciona que essas mulheres — provavelmente incluindo Joana — haviam sido curadas de enfermidades e libertas de espíritos malignos. Embora não saibamos qual era a enfermidade de Joana, sabemos que ela foi tocada profundamente por Jesus. Sua resposta? Se juntar à missão e colocar sua vida e seus recursos a serviço do Reino.
Joana e a ressurreição
A segunda menção de Joana é em Lucas 24:10, após a crucificação de Jesus. Quem estava entre as mulheres que foram ao sepulcro de madrugada, levando aromas para embalsamar o corpo do Senhor? Ela mesma: Joana.
Ela não só acompanhou Jesus durante o ministério, mas também permaneceu fiel até o fim e além. Isso fala muito sobre sua devoção. Enquanto muitos fugiram com medo, Joana estava lá, no momento mais sombrio, com coragem e fé.
O que podemos aprender com Joana?
Joana nos ensina que:
- Fé verdadeira gera ação concreta. Ela serviu Jesus com seus bens e sua presença.
- Não importa sua origem ou posição social, todos são chamados ao discipulado.
- Mulheres têm espaço no Reino de Deus. Jesus nunca as ignorou — pelo contrário, as valorizou.
- Mesmo discretamente, é possível marcar a história. Joana aparece pouco, mas sua influência é gigante.
O nome Joana no contexto bíblico
O nome Joana aparece só duas vezes, como dissemos, mas carrega um peso simbólico bonito. Ele comunica uma resposta de Deus à dor e à espera. Pode-se dizer que Joana era uma “resposta” — não apenas para os pais que a nomearam, mas para a missão de Cristo, ao qual ela respondeu com tudo o que tinha.
Discipulado
Joana não é uma personagem central, mas representa um tipo de seguidora silenciosa e fiel, que não busca aplausos, mas serve com generosidade, lealdade e amor. Ela nos lembra que o verdadeiro discipulado vai além das palavras. Ele envolve entrega, presença e, às vezes, até o anonimato mas sempre com um impacto eterno.
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2 respostas
Rua Beijamim mendes de Souza
Itabaiana. Cidade mucurici ES
Maravilhoso esse pequeno estudo sobre Joana , sabe eu nunca tinha estudado sobre Joana é vivendo e aprendendo Deus continue lhe abençoando e dando sabedoria para nós ensinar sobre a palavra de Deus obrigado muito bom 🙏🏽🙌🏽🙌🏽