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Nomes secretos no Egito e a revelação de Deus na Bíblia

Por <b>Rodrigo Silva</b>

Por Rodrigo Silva

Arqueólogo

A história da sarça ardente, narrada no livro do Êxodo, é repleta de simbolismo e significados que ultrapassam o literal. Entre esses momentos marcantes está a cena em que Moisés, em um encontro com Deus, pergunta pelo Seu nome.

A resposta que Deus dá – “Eu Sou o Que Sou” – não apenas surpreende, mas também carrega uma profundidade espiritual e teológica que moldou a compreensão de Sua identidade divina. Hoje, vamos explorar o significado do nome de Deus, como ele se conecta à cultura egípcia e sua prática de nomes secretos, e por que essa resposta era revolucionária para Moisés e para o povo hebreu.

nomes

O nome de Deus: “Eu Sou o Que Sou”

No episódio da sarça ardente, Moisés pergunta a Deus qual é o Seu nome, temendo como se apresentaria aos israelitas. Deus responde:

 

 

“Eu Sou o Que Sou. Assim você dirá aos filhos de Israel: ‘Eu Sou me enviou a vocês’. […] O Senhor [YHWH], o Deus dos seus pais, o Deus de Abraão, o Deus de Isaque e o Deus de Jacó, me enviou a vocês. Este é o meu nome eternamente, e assim serei lembrado de geração em geração” (Êxodo 3:14-15).

 

 

Essa resposta, no entanto, vai muito além de uma simples identificação. Em hebraico, “Eu Sou” é traduzido como Ehyieh, uma forma conjugada do verbo “ser” (hayah). Deus não fornece um nome no sentido convencional, mas uma afirmação de sua existência contínua e eterna.

 

O tetragrama YHWH

A palavra YHWH (ou tetragrama), derivada de “ser”, é a forma na terceira pessoa de Ehyieh, significando “Ele é”. Esse nome é mais do que uma designação; é uma declaração de continuidade, soberania e imutabilidade. Diferentemente das divindades pagãs, que tinham nomes específicos para representar poderes ou atributos, Deus revela um conceito mais elevado: Ele é o próprio ser, eterno e independente.

 

 

A importância cultural do nome

Para os antigos, um nome tinha poder. Tanto no Egito quanto em outras culturas antigas, conhecer o verdadeiro nome de uma pessoa ou divindade significava ter poder sobre ela.

 

 

A prática egípcia de nomes secretos

Os egípcios levavam essa ideia a sério:

  • Dois Nomes por Pessoa: Ao nascer, uma criança egípcia recebia dois nomes – um verdadeiro, guardado em segredo pela família, e outro comum, usado em público.
     
  • Proteção dos Nomes com Magia: Para proteger o nome verdadeiro, os egípcios invocavam a deusa Renenutet, representada por uma serpente. Eles acreditavam que, se um inimigo descobrisse o nome verdadeiro, poderia usá-lo para lançar feitiços ou manipular a pessoa.
     
  • Textos de Execração: Os nomes de inimigos eram escritos em tigelas, estatuetas ou blocos de argila, que depois eram quebrados em rituais para simbolizar a destruição de quem quer que fosse nomeado. Essa prática era comum, especialmente durante conflitos com os cananeus. 

Os nomes dos deuses egípcios

Somente os sacerdotes sabiam os nomes verdadeiros das divindades egípcias, o que lhes conferia poder e influência tanto sobre o povo quanto sobre o faraó. Assim, ao conhecer o nome de uma divindade, os sacerdotes assumiam o controle simbólico sobre ela.

 

 

Por que Deus não deu um nome comum?

Se Deus tivesse dado um nome específico a Moisés, poderia haver uma interpretação errada de que Ele também estava sujeito a controle, como no caso das divindades egípcias.

 

 

Moisés foi criado no Egito, onde havia aprendido essas práticas culturais. Era necessário que Deus ensinasse Moisés e o povo hebreu a abandonar essas superstições e comportamentos. O mandamento dado posteriormente – “Não tomarás o nome do Senhor teu Deus em vão” – destacava a necessidade de tratar o nome de Deus com reverência e não como um instrumento de manipulação.

 

 

Deus foi Didático com Moisés

A forma como Deus tratou Moisés também reflete sua pedagogia divina. Moisés alegou que era “pesado de língua” e incapaz de falar com Faraó. Deus, então, prometeu que Arão seria sua boca, dizendo:

 

 

“Você falará com ele e lhe porá na boca as palavras; eu serei com a sua boca e com a dele, ensinarei a vocês o que devem fazer” (Êxodo 4:15).

 

 

Essa paciência e cuidado mostram como Deus se adapta à linguagem e às limitações humanas para se revelar de forma compreensível.

 

 

O nome de Deus como uma nova perspectiva

O nome “Eu Sou” representa mais do que identidade; é uma declaração de independência divina. Deus não está limitado ao tempo, ao espaço ou à compreensão humana. Ele é o Criador e Sustentador, sempre presente, o mesmo ontem, hoje e eternamente.

 

 

Ao contrastar essa ideia com as práticas culturais egípcias, podemos perceber o impacto transformador dessa revelação para Moisés e o povo hebreu. Deus não era apenas mais uma divindade tribal; Ele era o Deus vivo, o Eu Sou que transcende todas as realidades.

 

 

Lições para nós hoje

O que podemos aprender com essa revelação?

 

  1. Deus é eterno e soberano. Ele não está sujeito às limitações humanas ou manipulações. 
  2. A reverência ao nome de Deus. Tratar o nome de Deus com respeito vai além de não usá-lo em vão; envolve reconhecer sua santidade. 
  3. Deus fala na nossa linguagem. Assim como Deus foi didático com Moisés, Ele também nos alcança de formas que podemos entender, respeitando nossas limitações.

 

Continue aprendendo 

O nome de Deus – “Eu Sou” – é muito mais do que uma designação. É uma expressão de Sua eternidade, soberania e relacionamento com a humanidade. Ele não é um Deus distante, mas Aquele que se revelou de forma pessoal e profunda a Moisés e ao povo hebreu.

 

 

Ao entendermos o pano de fundo cultural do Egito e a prática de nomes secretos, percebemos o contraste poderoso entre o Deus de Israel e as divindades pagãs. O nome de Deus não é um instrumento de controle humano, mas uma revelação que aponta para Sua essência e propósito.

 

 

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9 respostas

  1. Giselle disse:
    29 de janeiro, 2025 às 7:49 am

    Deus escolhe seu, então ele me escolheu pra viver essa nova jonada.

    Responder
  2. Edilene Calazans disse:
    29 de janeiro, 2025 às 8:27 am

    Amo os textos bíblicos e suas explicações, obrigada Rodrigo Silva ,por nos trazer tamanho conhecimento. Deus lhe abençoe sempre 🙏🏿

    Responder
  3. Leonardo disse:
    29 de janeiro, 2025 às 9:27 am

    Que sabedoria, muito incrível cada palavra e ensinamento… Deus e muito incrível, fico sem saber o que fala… realmente ele é divino ❤️

    Responder
  4. lucia castilho disse:
    29 de janeiro, 2025 às 10:08 am

    Eu gosto muito de mergulhar na história bíblica. Quero aprender mas e masss….

    Responder
  5. Maria Auxiliadora disse:
    29 de janeiro, 2025 às 5:18 pm

    Eu senti de Deus aprender mais e me aprofundar neste assunto pois achei super interessante.

    Responder
  6. Maria Auxiliadora disse:
    29 de janeiro, 2025 às 5:21 pm

    Deus é maravilhoso e tudo que diz respeito a sua pessoa e o que ele é, eu fico super interessada em saber mais e entender tudo sobre a Bíblia.

    Responder
  7. Mateus Henrique da silva Quirino disse:
    29 de janeiro, 2025 às 5:35 pm

    O sábio aprende,depois educa.

    Responder
  8. Matheus Nadai disse:
    30 de janeiro, 2025 às 2:07 am

    Que texto edificante! O fato de o autor ter constado que Deus se identificou como “Eu sou o que há” ou “Eu sou o que sou”, em vez de atribuir um nome, propriamente, para mim é impressionante, dado o significado metafísico da afirmação. Isso não poderia ter sido inventado.

    Responder
  9. Edson disse:
    3 de março, 2025 às 7:44 am

    Bom dia gosto demais do seus estudos sou Pastor Edson Santos e com frequência acompanho suas aventuras Bíblicas Deus abençoe sempre

    Responder

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