Uma cultura dos egípcios que pode lançar luz sobre alguns textos da Bíblia é a Máscara Mortuária Egípcia. O objeto que pode ser encontrado no MAB, data de aproximadamente 2.600 anos atrás.
A máscara era encaixada no sarcófago de quem morria e a elaboração variava para a patente de quem morria. Os Faraós recebiam máscaras de ouro, outros de madeira e assim elas iam mudando.
De acordo com a crença egípcia, esse objeto permitia que o falecido fosse reconhecido no mundo dos mortos, porque, para eles, todos os seres humanos, além do corpo físico, têm o espírito e a alma. Mas embora os egípcios cressem na vida pós morte eles não tinham a ideia de “imortalidade da alma”, um conceito grego cunhado depois.
Os egípcios acreditavam que para viver no mundo dos mortos era preciso ter um corpo físico, por isso eles mumificavam bem as pessoas que morriam, pois ele precisava ser conservado. Além disso, o mundo dos mortos era encarado por eles como um mundo paralelo, e não necessariamente um céu e inferno, e sim um outro mundo.
Segundo a crença, quando a pessoa morria ela era levada por Anúbis para um julgamento frente ao deus Osíris, e após esse julgamento ele poderia entrar no mundo dos mortos, onde ele encontraria bens e fartura.
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O deus Anúbis era quem vinha levantar o espírito do defunto do sarcófago, mas para isso ele antes precisava reconhecer quem estava sepultado, e o que possibilitava esse reconhecimento era justamente a máscara mortuária. Assim, o deus reconhecia o indivíduo pela máscara e o chamava, caso o morto não tivesse essa identificação ele seria desconsiderado e não seria levado ao mundo dos mortos, perdendo a vida eterna.
Claramente essa é uma crença egípcia, que a Bíblia não considera como verdadeira, então por que ela nos ajuda a compreender as escrituras?
A partir de acenos arqueológicos nós podemos compreender que as máscaras mortuárias não eram usadas apenas para fins funerários, mas podiam ser usadas em rituais religiosos para representar os deuses. Ou seja, eram usados também para os ritos pagãos.
Talvez por esse motivo, Deus tenha proibido o povo de Israel de fazer semelhanças do que acima no Céu e embaixo na terra. Isso porque no livro de Êxodo encontramos a passagem que explicita essa ordem: “Não faça ídolos de metal para você” – Êxodo 34:17.
As máscaras estavam profundamente ligadas a representações pagãs e divinas, portanto faz sentido que Deus tenha colocado um mandamento que proibisse a imagem de escultura. A adoração deveria ser voltada apenas para Ele, e nós não sabemos como Ele é.
Qual é a idolatria de hoje? O que Deus deveria abolir hoje?