Tudo começou em 1981, quando o famoso locutor Mot Eden, uma das vozes mais conhecidas de Israel na época, anunciou ao vivo no rádio: “A Arca da Aliança foi encontrada!”. Imediatamente, a notícia se espalhou como fogo em palha seca. Israel entrou em euforia. Multidões se aglomeraram, curiosos, emocionados, esperançosos. Afinal, a Arca da Aliança é, talvez, o artefato mais sagrado da tradição judaico-cristã.
O local da suposta descoberta? Um túnel sob Jerusalém, próximo ao Domo da Rocha, onde dois rabinos – Shlomo Goren e Yehuda Getz – afirmaram ter visto a Arca. O rabino Goren, inclusive, chegou a dar entrevistas emocionadas dizendo: “Eu vi a Arca. Ela está lá.” Documentários como The Secrets of the Bible, nos anos 80, chegaram a registrar esses depoimentos.
Mas, como tudo que envolve religião, arqueologia e política no Oriente Médio, a coisa rapidamente saiu do controle.
Quase uma guerra
Assim que a notícia se espalhou, a tensão entre judeus e muçulmanos subiu drasticamente. O local da suposta descoberta ficava em uma área extremamente sensível – o mesmo complexo do Monte do Templo, onde está o Domo da Rocha, um dos locais mais sagrados do Islã.
A reação foi tão intensa que, segundo uma matéria da revista Time, uma nova intifada (levante muçulmano contra os judeus) quase estourou. O motivo? As escavações no túnel que supostamente levava à Arca foram vistas como uma invasão e uma profanação. O clima ficou tão tenso que, por pouco, não estourou uma guerra religiosa.
Com o tempo, o túnel se tornou um local aberto à visitação, e a história foi, oficialmente, descartada como mais um boato mal investigado. Nada de Arca. Nada confirmado. Mas o fascínio ficou.
Um documento da CIA menciona a Arca
Décadas depois, uma nova faísca reacendeu esse velho mistério: um documento da CIA veio à tona contendo uma menção direta à Arca da Aliança.
A menção não é inventada. O documento existe e foi liberado ao público após anos sob sigilo. Ele não afirma categoricamente que a Arca foi encontrada, mas registra discussões e relatórios de inteligência relacionados à Arca, com data, local e nomes de envolvidos.
Isso, por si só, levanta uma questão: Por que a CIA estaria interessada em um artefato bíblico? Seria só curiosidade histórica? Ou a Arca representa algo maior, como um símbolo geopolítico, espiritual ou até mesmo militar?
Mas… o que é a Arca da Aliança?
Para quem não está familiarizado com os detalhes bíblicos, vamos recapitular.
A Arca da Aliança era uma caixa feita de madeira de acácia, revestida com ouro puro. Dentro dela, estavam as tábuas dos Dez Mandamentos, escritas pelo próprio dedo de Deus, segundo a tradição judaico-cristã. A Arca era o objeto mais sagrado do Tabernáculo, o templo móvel dos hebreus enquanto vagavam pelo deserto.
Quando os hebreus entraram em Canaã, a Arca passou a ser mantida em diferentes locais sagrados – Siló, Jerusalém, até ser levada para o Templo de Salomão, no monte onde hoje se encontra o Domo da Rocha.
Era carregada por levitas e representava a presença de Deus no meio do povo. Tão sagrada que ninguém podia tocá-la, exceto o sumo sacerdote, e mesmo assim apenas uma vez por ano, no Yom Kipur.
Onde foi parar a Arca?
Bem, o resto dessa história você descobre assistindo a live que fiz sobre o tema. Clique no vídeo abaixo para assistir.
Uma resposta
Interessante CIA está interessado nisso e repercussão na ásia e no mundo; sendo mais esperado por todos até hoje: Arca encontrada.