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Análise The Chosen: a última ceia

Por <b>Rodrigo Silva</b>

Por Rodrigo Silva

Arqueólogo

A última temporada de The Chosen — a mais recente exibida, embora ainda não a última da série — trouxe ao público um retrato  dos momentos iniciais da última semana de Jesus antes da crucificação. Desde a entrada triunfal em Jerusalém, tradicionalmente chamada de “Domingo de Ramos”, até a preparação para a ceia com os discípulos, a série mergulha fundo em aspectos pouco explorados da narrativa bíblica: as emoções humanas do Filho de Deus.

 

Não vemos ainda a traição nem a crucificação em si, mas tudo já é sutilmente preparado, com diálogos tensos, rostos aflitos e muita expectativa. O foco está no coração humano de Cristo — algo que merece um destaque especial.

Jesus humano: um retrato bíblico e sensível

 

The Chosen merece elogios por muitos motivos, mas um se sobressai: a forma como retrata Jesus como verdadeiramente humano. Um Cristo que ri, chora, sente dor, se cansa, é tentado. Um Cristo que não está alheio às angústias da vida.

 

Isso não é licença poética, é fidelidade bíblica. A teologia cristã sempre lutou para equilibrar dois pilares: Jesus é verdadeiramente Deus e verdadeiramente homem. Negar um dos lados é cair em heresia. Os docetistas, por exemplo, diziam que Jesus apenas parecia humano. Outros, como os arianos, negavam sua divindade. Mas a Bíblia afirma: Ele é Deus encarnado.

 

Hebreus 4:15-16 é cristalino:

 

“Temos um sumo sacerdote que se compadece de nossas fraquezas, pois foi tentado em todas as coisas, como nós, mas sem pecado.”

 

É isso que The Chosen mostra. Um Jesus que tropeça, sente dor, chora com os amigos, se emociona ao falar da sua partida. Um Jesus que prepara o chicote com calma antes de purificar o templo — conforme João 2:15 deixa claro: “Tendo feito um chicote de cordas…”

 

Licença poética: onde começa a arte e termina o texto?

 

Toda produção audiovisual precisa de um elemento fundamental: licença poética. E The Chosen usa isso com respeito e sensibilidade. Diálogos que não estão diretamente nos evangelhos, mas que poderiam ter acontecido. Cenas sugeridas por detalhes bíblicos, como os dois dias que Jesus passou na cidade samaritana (João 4:39-40), ganham corpo e profundidade.

 

Essa liberdade narrativa não trai o texto. Pelo contrário: enriquece a experiência e nos faz refletir sobre passagens que muitas vezes lemos sem dar a devida atenção.

 

O drama dos discípulos e os não-milagres de Jesus

 

Um dos grandes méritos da série é mostrar que Jesus, apesar de seu poder, nem sempre curava, nem sempre livrava, nem sempre ressuscitava. Às vezes, o milagre não acontecia — e a dor fazia parte da caminhada. João Batista permaneceu preso. José, pai adotivo de Jesus, morreu. Nem todos os leprosos foram curados.

 

Esses “não-milagres” falam muito. Mostram um Cristo que compartilha o sofrimento humano, que caminha com os seus mesmo quando o céu parece em silêncio.

 

Jesus como judeu: fidelidade cultural

 

Outro detalhe valioso é o cuidado da produção com o contexto judaico de Jesus. As vestes com os tsitsit (cordões citados em Números 15), o uso de termos como Imá (mãe), e os costumes do templo trazem à tona um Jesus que viveu plenamente dentro da cultura de seu povo. Isso resgata uma identidade muitas vezes esquecida no cristianismo ocidental.

 

Caifás: o vilão que também profetizou

 

O personagem de Caifás é outro destaque na nova temporada. Bem interpretado, ele aparece repetindo sua famosa declaração:

 

“É melhor que um homem morra pelo povo do que pereça toda a nação.”

 

Essa fala, citada em João 11:49-52, é reconhecida no próprio evangelho como uma profecia involuntária. O sumo sacerdote, mesmo sem perceber, estava anunciando o sacrifício redentor de Jesus. É mais uma ironia divina: até os inimigos de Cristo podem, em algum momento, ser instrumentos de Deus.

 

A cena da despedida: lágrimas, verdade e emoção

 

Poucas cenas são tão emocionantes quanto a do discurso de despedida de Jesus durante a ceia. Ao recitar João 14, os criadores de The Chosen decidiram mostrar um Jesus que chora, que soluça, que fala com dificuldade. E isso muda tudo.

 

“Não se turbe o vosso coração…”

 

Não mais com voz robótica, mas com voz trêmula, coração apertado e lágrimas nos olhos. Esse é o Jesus que caminha com a gente. Que não abandona. Que prepara um lugar. E que vai voltar.

 

O Cristo de The Chosen

 

Sim, The Chosen toma liberdades artísticas. Mas faz isso com reverência, profundidade e fidelidade ao espírito das Escrituras. Ele nos lembra que Jesus foi, é e sempre será verdadeiramente homem e verdadeiramente Deus. Ele sabe o que sentimos. Ele chorou. Ele sofreu. Ele morreu. Mas Ele ressuscitou.

 

E essa verdade é o que faz da história de Cristo a maior de todas — contada com arte, emoção e teologia viva.

Assista a análise completa clicando no vídeo abaixo.

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