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Drogas na Bíblia

Por <b>Rodrigo Silva</b>

Por Rodrigo Silva

Arqueólogo

Hoje vamos abordar um tema complexo: drogas na Bíblia. Esse assunto ganhou destaque após um achado arqueológico em Tel Arad, Israel, onde foram identificados vestígios de substâncias alucinógenas, como maconha, em um altar associado ao culto israelita.

Será que isso significa que a Bíblia apoia o uso de drogas? Alguns até argumentam que elementos como o Cálamo, mencionado nas Escrituras, seriam na verdade uma referência à maconha. Mas será que isso tem fundamento?

Acompanhe até o final deste post para entender como a arqueologia e a Bíblia interagem nesse debate e o que esse achado realmente significa.

Tel Arad

Em Tel Arad, uma antiga fortaleza no deserto de Israel, arqueólogos descobriram as ruínas de um pequeno santuário datado do período do Antigo Testamento. O espaço era composto por um lugar santo e um santo dos santos, onde dois altares foram encontrados.

Os pesquisadores identificaram resíduos de canabis (maconha) em um desses altares. Isso gerou um debate acalorado, com alguns sugerindo que o uso de substâncias alucinógenas fazia parte do culto oficial a Deus.

Mas é importante contextualizar:

  • O altar de Tel Arad não representava o culto oficial judaico realizado no templo de Jerusalém.
  • A prática encontrada em Tel Arad reflete um período de apostasia e sincretismo religioso, em que elementos da religião cananeia se misturavam ao culto israelita.

A Bíblia condena essas práticas, como vemos em Deuteronômio 29:18, que alerta contra “raízes que produzam erva venenosa e amarga”.

 

Papoula e alucinógenos na antiguidade

Embora o achado em Tel Arad tenha gerado polêmica, o uso de substâncias alucinógenas no mundo antigo não era incomum. Um exemplo notável é a papoula, uma planta da qual se extrai o ópio.

A cultura cipriota e o ópio

  • Civilizações como a cipriota cultivavam papoulas e produziam ópio para diversos usos, incluindo medicina, rituais religiosos e alívio da dor.
  • Eles exportavam ópio em recipientes de cerâmica conhecidos como vasos cipriotas, que tinham o formato da flor da papoula.

No MAB (Museu de Arqueologia Bíblica), temos exemplos desses vasos. Quando virados de cabeça para baixo, eles lembram claramente o formato da papoula. Dentro, eram armazenadas substâncias como ópio, que poderiam ser misturadas a bebidas ou usadas como incenso em cultos pagãos.

 

Drogas e o culto pagão

Nos tempos antigos, substâncias alucinógenas eram frequentemente associadas a cultos pagãos. Em festas regadas a orgia, bebida e rituais, o ópio era usado para induzir estados de transe.

A Bíblia menciona práticas semelhantes, condenando-as veementemente:

  • Em Jeremias 8:14, Deus menciona a “água envenenada” (maim ros), uma provável referência a substâncias amargas misturadas em bebidas.
  • Em Isaías 28:7, os profetas falsos são criticados por “cambalearem por causa do vinho” e “não conseguirem ficar de pé por causa da bebida forte”.

Esses textos sugerem que o uso de substâncias alucinógenas estava associado à idolatria e à corrupção espiritual, algo que Deus rejeita completamente.

 

Jesus e o vinagre na cruz

Um exemplo poderoso de como substâncias alteradoras de consciência eram usadas na Antiguidade aparece no relato da crucificação de Jesus.

Em Mateus 27:34, lemos que deram a Jesus vinagre misturado com fel, uma substância amarga e potencialmente alucinógena usada para aliviar a dor. Porém, ao provar, Jesus recusou beber.

Isso demonstra que Jesus escolheu enfrentar o sofrimento da cruz com total lucidez, sem recorrer a elementos que pudessem entorpecer sua mente.

 

A Bíblia e o uso de drogas

Apesar de algumas tentativas de justificar o uso de substâncias alucinógenas com base na Bíblia, as Escrituras são claras: Deus é um Deus de lucidez, não de torpor mental.

Paulo reforça isso em Gálatas 5:19-21, quando condena “feitiçarias” (do grego pharmakeia), termo que também se refere ao uso de substâncias alucinógenas em rituais.

O objetivo de Deus é que seu povo o adore com uma mente clara e racional, como vemos em Romanos 12:1-2, que fala de um “culto racional” agradável a Deus.

 

Os artefatos e a cultura do ópio

No MAB, temos uma coleção fascinante de artefatos que ilustram o uso de substâncias na Antiguidade:

  1. Vasos cipriotas:

    • Usados para armazenar ópio e outras substâncias.
    • Seu formato imita a flor da papoula, reforçando sua associação com o ópio.

  2. Réplicas hebraicas:

    • Os hebreus, em determinado período, imitaram os vasos cipriotas, mas com uma estética mais simples.
    • Esses vasos também eram usados para guardar substâncias como ópio.

  3. Alfinetes decorativos:

    • Encontramos alfinetes com cabeças esculpidas no formato da papoula, mostrando como a planta fazia parte do dia a dia e da cultura visual de povos antigos.

 

Lições para hoje

A arqueologia nos ajuda a entender o contexto histórico e cultural da Bíblia, mas também destaca a importância de sermos fiéis ao que Deus realmente nos ensina.

As drogas, tanto no passado quanto no presente, têm o poder de destruir vidas e afastar as pessoas de Deus. Por isso, a Bíblia é categórica em condenar práticas que envolvam o uso de substâncias que entorpecem a mente.

Se há uma mensagem central aqui, é que Deus nos chama a adorá-lo com clareza, verdade e lucidez.

Lembre-se

A descoberta de drogas em Tel Arad e outros achados arqueológicos não indicam que a Bíblia apoia o uso de substâncias alucinógenas. Pelo contrário, esses elementos nos lembram dos perigos do sincretismo religioso e da corrupção espiritual que afastam o ser humano de Deus.

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