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O que é a Paixão de Cristo?

Por <b>Rodrigo Silva</b>

Por Rodrigo Silva

Arqueólogo

A Paixão de Jesus Cristo representa o clímax da missão redentora de Deus na história humana. É o último ciclo da vida de Jesus, abrangendo todos os eventos desde a Última Ceia até Sua morte na cruz. Mas mais do que uma simples sequência de acontecimentos, a Paixão é um mergulho profundo no amor divino revelado por meio do sofrimento humano.

O termo “paixão”, do latim passio, significa justamente isso: sofrimento. No entanto, quando falamos da Paixão de Cristo, falamos de algo maior. Não se trata apenas do momento da crucificação, mas de todo o processo espiritual, emocional e físico que Jesus enfrentou — um sofrimento que começa antes da cruz e se estende além dela.

A angústia antes da dor

 

No Evangelho de João, Jesus revela:

 

“Agora, está angustiada a minha alma, e que direi eu? Pai, salva-me desta hora? Mas precisamente com este propósito vim para esta hora.” (Jo 12:27)

 

Essa angústia antecede a prisão e a tortura. Mesmo sendo aclamado em Jerusalém como Rei, Jesus sabia o que o aguardava. Essa tensão entre o reconhecimento público e a solidão interior marca profundamente a Sua Paixão. A dor começa não nos pregos, mas na alma. E essa dor carrega um propósito: a salvação da humanidade.

 

Sofrer em nosso lugar

 

A Paixão de Cristo não é apenas um exemplo de martírio. É um sofrimento substitutivo. Ele carregou sobre Si a culpa de todos nós (1Pe 2:21). Seu sangue, derramado como “sangue da nova aliança” (Mc 14:24), foi o preço do resgate (Mc 10:45). É por isso que o apóstolo Pedro afirma: “Cristo padeceu uma única vez pelos pecados, o justo pelos injustos, para conduzir-vos a Deus” (1Pe 3:18).

 

O escritor de Hebreus também declara que “Cristo padeceu fora da porta, para santificar o povo por meio do Seu próprio sangue” (Hb 13:12). A dor dEle nos trouxe cura. A cruz dEle nos deu vida.

 

Os últimos momentos

 

A narrativa da Paixão ocupa grande parte dos evangelhos, especialmente em Marcos, que dedica mais de um terço do livro à última semana de Jesus. Os relatos são ricos em detalhes e profundidade espiritual:

 

  1. Getsêmani – Lugar de oração, angústia e entrega. Jesus sente a alma abatida até a morte e ora ao Pai: “Se possível, passa de mim este cálice; todavia, não se faça a minha vontade, mas a tua.”

  2. Prisão e traição – Judas, com um beijo, entrega o Mestre. Os evangelhos retratam esse momento com variações sutis, mas todas apontam para o mesmo: Jesus se entrega sem resistência.

  3. Zombaria e julgamento – Ele é ridicularizado, agredido, injustamente julgado. Pilatos, Herodes, os soldados — todos participam da humilhação do Filho de Deus.

  4. Crucificação – A dor física atinge o ápice, mas a dimensão espiritual é ainda mais intensa. Sarcasmo, escárnio, abandono. No meio disso, surge o brilho da graça: o ladrão arrependido, que ouve de Jesus: “Hoje estarás comigo no paraíso.”

  5. As sete palavras da cruz – Cada frase dita por Jesus na cruz é uma janela para o coração de Deus:

    • “Pai, perdoa-lhes…” (Lc 23:34)

    • “Hoje estarás comigo no paraíso” (Lc 23:43)

    • “Mulher, eis aí teu filho…” (Jo 19:26)

    • “Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste?” (Mt 27:46)

    • “Tenho sede” (Jo 19:28)

    • “Está consumado” (Jo 19:30)

    • “Pai, nas tuas mãos entrego o meu espírito” (Lc 23:46)

 

Amor que vence a morte

 

A Paixão de Cristo culmina na cruz, mas não termina nela. O túmulo vazio é o selo da vitória. A ressurreição confirma que Seu sofrimento não foi em vão. Como disse Jesus aos discípulos no caminho de Emaús: “Era necessário que o Cristo padecesse e entrasse na Sua glória” (Lc 24:46).

 

A igreja primitiva sabia disso. A Paixão, morte e ressurreição de Jesus era o centro da sua pregação (At 1:3; 3:18; 17:3). Não havia Evangelho sem cruz, nem salvação sem sangue.

 

Sacrifício de sangue

 

A Paixão de Cristo nos confronta com a realidade do pecado e com a grandeza do amor de Deus. É um convite à contemplação, arrependimento e gratidão. Diante da cruz, não há espaço para indiferença.

 

Ela nos lembra que fomos amados com um amor que sangra, que sofre, que se entrega. A Paixão de Jesus não é apenas uma história antiga: é a maior prova de que Deus fez tudo o que era necessário para nos alcançar.

 

“Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o Seu Filho unigênito, para que todo o que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna.” (Jo 3:16)

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3 respostas

  1. PAULO ROBERTO FIGUEIREDO BRACCINI disse:
    12 de setembro, 2025 às 12:19 pm

    Magnífico contexto.

    Responder
  2. Paulo disse:
    16 de setembro, 2025 às 11:46 am

    Que amor é esse! Obrigado Deus, por sua Graça e misericórdia!

    Responder
  3. ADALBERTO CARDOSO disse:
    19 de setembro, 2025 às 5:10 am

    E impossível não ser grato a Deus, por um artigo tão enriquecedor de sua palavra.gloria a Deus

    Responder

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