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O que era a Decápolis?

Por <b>Rodrigo Silva</b>

Por Rodrigo Silva

Arqueólogo

A palavra Decápolis vem do grego deka (dez) + polis (cidade), ou seja, “dez cidades”. Era uma aliança de centros urbanos situados principalmente na região da Transjordânia, habitada quase que exclusivamente por pagãos — pessoas que não seguiam as tradições judaicas.

 

Essas cidades foram originalmente anexadas ao território judaico por Alexandre Janeu, um dos reis asmoneus, mas depois, por volta de 63 a.C., passaram a fazer parte da província romana da Síria, tornando-se autônomas em relação ao domínio direto judaico. Elas seguiam o estilo helenístico de vida, com influência grega na arte, religião, arquitetura e costumes sociais.

As 10 cidades da Decápolis

 

A lista tradicional das cidades que compunham a Decápolis inclui:

 

  1. Damasco – hoje capital da Síria
  2. Filadélfia – atual Amã, capital da Jordânia
  3. Ráfana
  4. Citópolis (ou Bete-Seã) – a única cidade da Decápolis situada a oeste do Jordão
  5. Gádara
  6. Hipos
  7. Dion
  8. Péla
  9. Gérasa – hoje conhecida como Jerash, na Jordânia
  10. Cânata

 

Essas cidades eram núcleos de cultura greco-romana, com templos dedicados a diversos deuses, anfiteatros, ginásios e outras estruturas típicas do mundo helenístico.

 

Um território “evitado” pelos judeus

 

Por serem cidades gentílicas, muitos judeus piedosos evitavam a Decápolis, temendo se contaminar ao entrar em contato com práticas religiosas ou costumes que iam contra a Lei mosaica. Era comum que judeus mais ortodoxos contornassem a região ao viajarem entre a Judeia e a Galileia.

 

Mas Jesus não fez isso.

 

Jesus e a Decápolis: um ministério além das fronteiras

 

Nos evangelhos, vemos que Jesus rompeu barreiras culturais e religiosas ao passar por regiões tradicionalmente consideradas “impuras” pelos judeus.

 

Ele não apenas passou pela Decápolis, como também realizou milagres ali. Dois episódios se destacam:

 

  • A cura do endemoninhado geraseno (Marcos 5:1-20):
    Jesus liberta um homem possesso por uma legião de demônios. Esse homem, depois de curado, sai pela Decápolis anunciando o que Cristo havia feito por ele.
  • A cura de um surdo e gago (Marcos 7:31-37):
    Jesus realiza a cura de um homem com problemas de audição e fala em pleno território da Decápolis, mostrando que a graça de Deus não estava limitada apenas ao povo judeu.

 

Essas ações de Jesus têm um simbolismo profundo: o Reino de Deus não tem fronteiras. A salvação é oferecida a todos — judeus e gentios, religiosos e marginalizados.

 

Um lembrete do alcance do Evangelho

 

É significativo que Jesus não tenha evitado a Decápolis. Pelo contrário, Ele caminhou por suas ruas, falou com seus habitantes e estendeu-lhes o poder de cura e salvação.

 

Isso nos mostra que o Evangelho não é exclusivo de um povo, cultura ou tradição religiosa. Ele é, antes de tudo, inclusivo, transformador e aberto a todos que creem.

 

Hoje, onde está a Decápolis?

 

Muitas dessas cidades ainda existem hoje, sob outros nomes. Algumas delas, como Damasco e Amã (Filadélfia), são capitais importantes do Oriente Médio. Outras, como Gérasa, se tornaram locais turísticos e sítios arqueológicos que ainda preservam ruínas impressionantes da era greco-romana.

 

A Decápolis é um lembrete de que Jesus não veio apenas para os que estão “dentro”, mas também para os que estão do lado de fora. Ele caminhou por lugares evitados, falou com pessoas ignoradas e levou esperança onde muitos só enxergavam rejeição.

 

Que isso nos desafie a fazer o mesmo: ultrapassar barreiras e alcançar pessoas com a graça — onde quer que elas estejam.

 

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